quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Tempo & Luz

Estes tempos natalícios de festa e alegria tocam e iluminam os corações dos homens e difundem por toda a terra o dom da paz. E, em muitos lugares, numa tentativa de plasmar esta realidade, aparecem brilhando pequenas e grandes, desta ou daquela maneira, as luzes que obrigatoriamente têm que aparecer porque, senão, falta alguma coisa a este tempo do Natal. Mas, o mais importante é que a luz que se exterioriza nas grandes e majestosas iluminações de rua até à pequena e simples árvore de natal que se encontra lá em casa, não fique apenas fechada nesses sítios e saia e entre no coração de cada um operando as mudanças necessárias de vida.

Por isso, vou falar hoje de duas virtudes que se podem entender como duas luzes e que são e serão em todos os lugares as mais belas iluminações se forem praticadas. E, se sempre foram importantes na vida do homem, mais ainda o serão nestes tempos hodiernos. Contudo, a sua eficácia dependerá se estas duas virtudes permanecerem unidas como dois metais preciosos que se fundem, aumentando a solidez e o esplendor do novo material que surge. E, então, por elas se encontrará a tão desejada paz de alma prometida por Jesus: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e encontrareis paz para o vosso espírito.” (Mt 11, 29).

As virtudes de que falo são a Humildade e a Mansidão. No livro Ascética Meditada, de Salvatore Canals, elas são definidas de uma forma simples e maravilhosa: “Com a humildade ganhamos o coração de Deus; com a mansidão, atraímos os nossos irmãos e conquistamos os seus corações”.

Por isso, para se ganhar a paz de vida é preciso que, em todas as nossas relações e encontros, resplandença a mansidão e a humildade, porque só assim os nossos corações assemelhar-se-á ao coração de Cristo. Então, através da nossa mansidão, todos os nossos familiares, irmãos e amigos, devem-se tornar felizes e alegres, para que eficazmente todos aqueles que amamos, sejam santos. A humildade, conforme ensinam os santos, consiste na verdade, na verdade de vida, que só se atinge mergulhando no conhecimento íntimo e sincero de nós mesmos. E isso opera-se de duas formas: A primeira, não ter uma preocupação excessiva pela estima própria e a segunda, não se deixar levar pelo desejo inquieto da estima recebida dos outros.

E, abandonados ao olhar maternal de Maria, encontramos também a paz que, muitas vezes não alcançamos e está prometida aos humildes. Que a sua humildade nos sirva de consolo e modelo.

Pasadas Pimenta
Omnes cum Petro ad Jesum per Mariam

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