segunda-feira, 1 de julho de 2013

EVANGELIZAR DE NOVO – CONVERTER SEMPRE!


Nesta minha breve intervenção, gostaria de sublinhar um ponto que considero importante para a constante renovação da experiência da fé dos cristãos: A conversão. Partindo das Catequeses de Dom Manuel Clemente na Sé do Porto, gostaria de sublinhar que a Conversão é uma exigência constante de todo o cristão católico e a sua realização deve acontecer, essencialmente, nas comunidades cristãs mas também nas chamadas igrejas domésticas que são as nossas famílias.

Salientaria uma passagem das suas palavras que passo a citar: “Cristianismo é conversão constante, vivida comunitariamente a partir duma Palavra sempre proclamada e ouvida que oferece a cada tempo e circunstância a possibilidade de se realizarem pascalmente”. Desta afirmação, resultam três pressupostos que de certa forma acho fundamentais e que passo a apresentar:

o        Primeiro: A vida que levamos em Cristo tem que ser segundo a condição e vocação de cada um, de entrega total, para que na sucessão dos acontecimentos que vão protagonizando a aventura humana, aconteça tudo no Senhor, como nos lembra São Paulo;

o        Segundo: Que toda a experiência humana é por Cristo assumida, seja a nossa vida, seja a vida do mundo. Isto é, nenhuma dimensão da história humana está fora da proposta de salvação que Cristo nos faz através da sua encarnação;

o        Terceiro: A natureza social do homem é transformada, muitas vezes, através do mergulhar nas profundas águas da Palavra de Deus que é o tesouro da Revelação confiado por Deus à Igreja. Neste aspecto, para que tal aconteça, são indispensáveis dois itens: 1) Que a Palavra seja insistentemente proclamada em cada comunidade; 2) Que cada comunidade se deixe constantemente converter por ela. Foi este o apelo fundamental do Concílio na Constituição Dogmática Dei Verbum repetido mais proximamente pelo Sínodo dos Bispos dedicado à palavra de Deus e por Bento XVI na Exortação Apostólica Verbum Dei.

A aplicação deste processo de Conversão desejado pelo Concílio Vaticano II não tem sido linear e a sua concretização nem sempre tem sido bem conseguida. Estamos ainda muito longe de realizar o sonho conciliar. No Ano da Fé que está a decorrer, cada Comunidade através do seu Conselho Pastoral, deverá interrogar-se sobre os caminhos que deverá percorrer para responder às exigências de conversão do caminho da Fé. Os itens aqui apresentados podem ser uma proposta de caminhada e de acção.

José Manuel Pasadas Figueira Pimenta

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